O ex-lateral-esquerdo Wladimir, líder do ranking do Corinthians com 803 partidas disputadas com a camisa do clube, no qual jogou por 13 anos e meio, acha que sua marca dificilmente será superada. "Ela vai continuar para sempre ou levará muito tempo para ser quebrada", disse, nesta terça-feira, ao mostrar-se satisfeito com os 400 jogos que Marcelinho Carioca completará esta noite. "No futebol atual, os jogadores, ao menos os ídolos, não ficam muito em um único clube."
Wladimir, de 46 anos, reconhece que Marcelinho é uma exceção com sete anos no Corinthians, mesmo se este tempo é dividido em dois períodos por causa da curta transferência do meia para o futebol espanhol. A diferença de mais de 400 jogos da sua marca mostra, segundo Wladimir, que será complicado Marcelinho atingir seu recorde, mesmo com três temporadas pela frente. "Será preciso ter presença em quase todos os jogos neste período. Tive muita sorte, porque durante a minha carreira sofri poucas contusões e quase não fui expulso."
O ex-jogador disse ter tido uma freqüência de quase 100% nos outros clubes que defendeu depois do Corinthians. Em 1986, Wladimir atuou no Santo André. Em 1988, foi para o Cruzeiro. No ano seguinte, transferiu-se para o Santos e encerrou a carreira no São Caetano, em 1991.
Wladimir ressaltou que as desavenças de Marcelinho com a torcida é algo comum. Embora o ex-lateral nunca tenha enfrentado rixas com os torcedores, presenciou alguns episódios desagradáveis. "Tivemos uma época ótima com a democracia corintiana, mesmo assim, Sócrates, Amaral e Zenon tiveram problemas", disse. "A mística da camisa alvinegra exige que o atleta jogue com amor. Do contrário, não terá sucesso lá dentro."
Dinoel Marcos de Abreu