Carlos Eduardo Mansur e Fábio Mazzitelli
enquanto a diretoria do Corinthians cobra do Flamengo o pagamento de parcelas atrasadas do passe de Edílson, o atacante evita se comprometer e vai driblando a hipótese de voltar ao Parque São Jorge, liso como se estivesse em uma final de campeonato.
"Já estou aqui (em Teresópolis, local da pré-temporada flamenguista), treinando e me preparando para a temporada. Soube pela imprensa que o Flamengo talvez não esteja cumprindo o acordo. É melhor e mais fácil que os clubes resolvam entre eles" dribla o Capetinha.
"Estou muito tranqüilo e acostumado com estas coisas. No fim, tudo se resolve" acredita.
Apesar do discurso, Edílson mantém contatos com ex-companheiros e, na semana passada, chegou a telefonar para a concentração corintiana, em Atibaia. Ontem, limitou-se a dizer que seria muito bem recebido no Corinthians.
"Tanto o Roque Citadini (vice de futebol) quanto o Dario Pereyra (técnico) me elogiaram. Mas estou bem no Flamengo. Daqui a pouco, o clube arruma dinheiro e fica tudo bem".
Pelo contrato de cessão do passe de Edílson, o Corinthians tem a opção de pedir o Capetinha de volta ou, ainda, exigir o passe de Juan e Reinaldo, dados pelo Flamengo como garantia de pagamento.
"Por enquanto, só queremos que o Flamengo pague o que deve" despista o vice-presidente corintiano, Antonio Roque Citadini.
O impasse está sendo discutido por Hicks Muse e ISL, respectivos parceiros de paulistas e cariocas. O Flamengo espera que o Corinthians aceite o pagamento fora do prazo e desista de ter Edílson de volta.
Após ter conseguido junto à ISL adiantar recursos para contratar, além de Edílson, jogadores caros como Gamarra, Denílson e Alex, o Flamengo tem problemas para conseguir a liberação de recursos. O pagamento das dez parcelas mensais de US$ 700 mil pelo passe de Edílson é feito diretamente pela ISL à Hicks.
"Não sei se houve atraso. Tenho que conversar com a ISL" desconversa Walter Oaquim, vice-presidente de futebol do Flamengo, admitindo dificuldades financeiras.