O Corinthians continua "invicto". Em 2001, ainda não perdeu e, há 120 dias, não consegue uma vitória. Ontem, no Pacaembu, cedeu o empate após abrir dois gols de diferença no placar e, mesmo com um jogador a mais durante boa parte do segundo tempo, ficou no empate de 3 a 3 com o Rio Branco.
Nem na disputa por pênaltis, novidade do regulamento do Paulistão para evitar empates, o Timão saiu vitorioso. Mais equilibrado emocionalmente, o Tigre venceu por 2 a 1. Ricardinho e Luizão desperdiçaram, e o rival nem fez a terceira cobrança..
No fim, a estréia corintiana no Campeonato Paulista teve o mesmo placar e muitas semelhanças com o primeiro jogo do Timão no ano, na estréia no Torneio Rio-São Paulo, há cinco dias.
Assim como no empate contra o Botafogo, também de 3 a 3, o Corinthians teve a chance de quebrar o longo jejum de vitórias nas mãos e saiu de campo reclamando, e muito, da arbitragem.
A maior chiadeira de ontem foi contra a não marcação de um pênalti, pelo árbitro Sálvio Spínola, sobre o atacante Gil. O placar estava em 3 a 2, e logo depois o Rio Branco empatou. Mas, de fato, o time voltou a falhar na marcação, tanto na defesa quanto no meio-campo.
Como na quinta-feira, o ponto forte do time foi o ataque, que voltou a fazer gols, muitos e rápidos. Como contra o Botafogo, quando Ricardinho virou o placar em quatro minutos, o Timão fez dois gols em menos de dez minutos. Luizão abriu o placar aos 50 segundos e Gil ampliou aos 9 minutos.
O ímpeto inicial, no entanto, cessou com o tempo. A boa movimentação de Marcelinho e Ricardinho não foi suficiente para segurar o ritmo do time, que cedeu espaço. O Rio Branco fez o primeiro gol antes do intervalo.
Mal começou a etapa final, quando o time voltou com o zagueiro Fábio Luciano no lugar de Scheidt, a equipe de Americana fez o segundo, com Reinaldo.
Luizão, então, deu o ar da graça novamente. Um bonito gol, após assistência de Ricardinho, que devolveu o alívio à Fiel. Quando, em seguida, o Rio Branco perdeu o zagueiro Wilton, expulso após parar com falta um contra-ataque do Timão, os torcedores já começaram a dar por encerrado o jejum de vitórias.
Mas no final Anaílson passou por quase toda defesa corintiana e empatou, aumentando a agonia corintiana, que se transformou em frustração na decisão por pênaltis.