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A testemunha
Fonte: Lancenet

Como diria o Repórter Esso, telejornal dos 60 que marcou época, o meio-campista Ricardinho é a testemunha ocular da história. Da triste e melancólica história da derrocada corintiana no ano 2000.

Um dos principais personagens da conquista do Mundial de Clubes, em janeiro, e um dos poucos sobreviventes do desmanche da equipe campeã mundial, Ricardinho é o único do elenco do Corinthians que participou das nove derrotas seguidas do time, oito pela Copa João Havelange e uma pela Copa Mercosul, a maior seqüência de fracassos consecutivos nos 90 anos do clube.

Capitão da equipe nas últimas quatro derrotas, desde que Marcelinho foi punido pelo técnico Candinho após duas expulsões seguidas, Ricardinho quer liderar o Timão nesta noite, contra o Juventude, para quebrar a série de fracassos.

– Sabemos que não temos chances, mas temos que pensar só na reviravolta. Temos quatro jogos e precisamos reverter a situação, que é ruim para o clube, para nós e para a torcida – afirmou o meio-campista.

Sem medo de se desgastar ou algo do gênero, Ricardinho mantém os mesmos cuidados com a condição física que cultivava na época de glórias, quando era poupado de atividades nos treinos para agüentar a maratona de partidas.

Só assim o meia fugiu de uma rotina que perseguiu a maioria dos titulares corintianos no segundo semestre: os problemas médicos. Sem retrospecto de indisciplinas, o meia também não colecionou cartões ou suspensões durante o inferno astral.

O único momento em que a fala mansa de Ricardinho se intensificou foi no início da semana, quando o capitão corintiano se mostrou inconformado com as dispensas de alguns companheiros com o campeonato ainda em andamento.