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Cruzeiro abre tiroteio verbal
Fonte: Lancenet

Marcelo Machado

Ligados financeiramente à mesma empresa, Corinthians e Cruzeiro não se entendem fora de campo. Ontem, o vice-presidente de futebol do time mineiro, Alvimar Perrela, respondeu nada amistosamente às afirmações do recém-chegado vice-presidente corintiano, Antonio Roque Citadini.

Em tom irônico, Citadini fechou as portas para o interesse do Cruzeiro na contratação do meio-campista Marcelinho para reforçar o grupo mineiro para a Libertadores-2001. Em uma das afirmações, Citadini chegou a dizer que não estaria preocupado em reforçar um clube que já se chamou "Palestra Itália", em referência ao antigo nome do time mineiro, o mesmo do maior rival corintiano, o Palmeiras.

– Não vou dar ouvidos para esse cara. Respeito a instituição Corinthians, mas esse cara está começando muito mal, falando muita besteira – afirmou Alvimar Perrela.

Timão e Cruzeiro têm contratos de parceria com o fundo de investimentos norte-americano Hicks, Muse, Tate & Furst, que participa da administração das duas equipes. Durante a Copa João Havelange, o time mineiro cedeu por empréstimo o atacante Müller, transação intermediada pela Hicks Muse e avaliada pelos dirigentes dos clubes na época como um "acordo de cavalheiros".

O Corinthians não pagou ao Cruzeiro para ter Müller e o time mineiro esperava uma retribuição dos paulistas, que não deve ocorrer. Além da recusa em ceder Marcelinho, os paulistas já sinalizaram também com a devolução de Müller no fim do ano. Segundo o Cruzeiro, a Hicks se comprometeu a comprar um jogador de peso para 2001.