Fábio Shimab
No empate por 1 a 1 contra o Nacional, do Uruguai, pela Copa Mercosul, o técnico Vadão, do Corinthians, teve um momento de nostalgia: ele ressuscitou o esquema 3-5-2, que usou com maestria no modesto Mogi Mirim, consagrado como Carrossel Caipira no início da década de 90, quando o time do interior contava com jogadores como Rivaldo, Válber e Leto. Mas os saudosistas que não se empolguem, porque o Carrossel Corintiano parece ter emperrado. "Usei esse esquema por uma necessidade, uma emergência, para reforçar a marcação, já que o Édson, por não estar jogando, ficaria muito desprotegido. Então eu optei por três zagueiros (Fábio Luciano, Adílson e João Carlos) contra o Nacional", explicou Vadão.
Apesar de ter gostado da equipe, ele não pretende repetir o esquema contra o Coritiba, neste sábado, no Paraná, pela Copa João Havelange. "É preciso muito treino para ter uma melhor adaptação. O grupo ainda não está acostumado a jogar com esse esquema".
Vadão também não quer banalizar o 3-5-2. "Além do aspecto marcação, ele tem de ser flexível, para não ficar repetitivo e burocrático".
Mas, no que depender do elenco, o novo esquema foi aprovado. "Os jogadores assimilaram mais o aspecto de marcação. Tivemos uma melhor proteção à defesa e isso dificultou para o adversário. Não ficou aquele buraco no meio-campo", explicou o lateral-esquerdo André Luís.
Outro que aprovou o 3-5-2 foi o goleiro Maurício. "No Uruguai o esquema funcionou bem. O Adílson, com sua experiência, soube se posicionar muito bem como líbero", lembrou o goleiro. "O time ficou bem posicionado".
Ricardinho também gosta do carrossel, mas acredita que o esquema depende de muito treino. "E tem de ver quais os jogadores o técnico vai ter em mãos", disse, ele, que aproveitou também para falar da desclassificação na Mercosul. "Perdemos a vaga aqui, quando fomos derrotados pelo próprio Nacional e pelo Olímpia".