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No peito e na raça
Fonte: Lancenet

José Antonio Gonzalez

A cena já virou rotina. Sempre antes de uma partida, os jogadores do Corinthians apelam para um discurso ensaiado, cheio de frases do tipo "é a hora da virada", "é agora ou nunca" e "precisamos dessa vitória". Nas últimas quatro vezes deu errado e o Timão acumulou quatro derrotas. Para o jogo de hoje, contra o Vitória, a cena se repete.

"Na nossa situação, que outra coisa poderíamos falar? Do jeito que está, sempre o jogo seguinte passa a ser o mais importante" analisa o meia Ricardinho.

Para evitar a quinta derrota consecutiva - já foram três na Copa João Havelange e uma na Mercosul-, os corintianos prometem tudo.

"Precisamos de uma vitória para ter sossego. Não quero nem saber de jogar bonito, entrosamento ou qualquer outra coisa. Temos de vencer, mesmo que o time dê apenas um chute a gol e essa bola entre" afirma Ricardinho.

O técnico Oswaldo Alvarez acredita que um resultado positivo já é questão de honra para ele.

"Já não é mais uma responsabilidade. Virou uma necessidade".

Outros jogadores seguem a mesma linha e apostam na raça para superar qualquer deficiência técnica ou tática da equipe.

"Temos de nos matar em campo para conseguir essa vitória. É só cada um dar um pouco mais do que pode diz o meia Luiz Mário, que deve ser escalado no lugar de Marcelinho.

O que Vadão precisará controlar, como tentou em outras oportunidades, é a ansiedade do time, que vai com tudo para cima e acaba surpreendido pelo adversário. Caso contrário, nem mesmo a raça corintiana será capaz de evitar novo desastre.