A campanha do torcedor Homero Olivetto, que convocava os corintianos a chorar por causa da má fase do time, não conseguiu reunir tantos adeptos. As 350 testemunhas que acompanharam o empate com Boca Juniors por 2 a 2, ontem à noite, ficaram sem palavras nem lágrimas para explicar mais uma partida sem vitória do Timão, desta vez pela Copa Mercosul.
A partida até que começou equilibrada. Corinthians, já eliminado, e Boca, praticamente classificado, jogavam um futebol aberto, com bastante espaço para os lances ofensivos. O ar de jogo desinteressado que pairava sobre o Pacaembu podia ser percebido pelo número de jogadores sentados no banco de reservas corintiano: apenas o goleiro Yamada ao lado de Andrezinho, Luciano e Gil.
Aos 28 minutos do primeiro tempo, o meia Arce abriu o placar para os argentinos. Depois do gol, o Corinthians até que esboçou uma pequena reação: Ricardinho acertou uma bola no travessão de Abbondancieri, mas foi só.
Na volta para a etapa final, a formação alvinegra era a mesma, mas a vontade dos jogadores era maior. O Boca Juniors recuou muito e foi pressionado, mas a força ofensiva do Corinthians era desorganizada. Tanto que, aos 13 minutos, Pandolfi aumentou a vantagem po Tanto que, aos 13 minutos, Pandolfi aumentou a vantagem portenha.
Só que Ricardinho não queria deixar a fiel torcida ainda mais triste. Se virar parecia impossível, o salvador marcou duas vezes e empatou um jogo que parecia perdido. Já são nove jogos sem vencer, mas o empate de ontem teve sabor de vitória.