José Antonio Gonzalez
A última chance de Oswaldo Alvarez deve ser no domingo, quando ele terá seus reforços para ganhar da Ponte Preta e colocar fim ao jejum de nove jogos sem vitória. Caso contrário, a diretoria já estuda o nome do possível substituto de Vadão. Leão, atualmente no Sport Recife, é o mais cotado para o cargo.
Na época da demissão de Oswaldo de Oliveira, Leão já teve seu nome sondado no Parque São Jorge. Desta vez, com Vadão ameaçado, o ex-goleiro do Timão volta a ser assunto.
Em Recife, onde o Sport goleou o Bahia ontem, muitos já afirmavam que seria a última partida da equipe sob o comando de Emerson Leão. No cargo há pouco mais de três meses, o técnico vem enfrentando problemas para receber seus salários - cerca de R$ 120 mil por mês - no clube pernambucano.
– Começo no Corinthians na segunda-feira. Assim, como todo mundo diz que vai começar a fazer regime e ser fiel à esposa a partir de segunda-feira – despista Leão.
Ele não escondeu a vontade de trabalhar novamente no futebol paulista, mas não confirma quando pretende retornar.
– O Vadão é meu amigo e está fazendo o trabalho dele. Agora, não tenho nada com o Corinthians. Mas, para o começo do ano que vem, a história pode ser outra.
Sobre sua situação, Vadão continua evitando comentários. Sempre que é perguntado se está garantido no cargo, o treinador corintiano faz o mesmo discurso.
– Isso é assunto para a diretoria.
A mesma diretoria que, apesar de negar em seguida, já tentou tirar Nelsinho Baptista da Ponte Preta.
Apesar do mau momento enfrentado pelo Corinthians, Vadão faz questão de mostrar bom humor.
– Temos os próximos três jogos para reagir. Mas, se vierem três derrotas consecutivas, até os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do time vão cair – ironiza.
Ontem, Vadão assistiu ao coletivo da arquibancada ao lado do diretor de futebol Carlos "Nei" Nujud, com quem conversou por muito tempo. A partir de agora, o técnico sabe que precisa fazer o Corinthians jogar futebol, vencer e convencer para não cair na cova de Leão.