Fábio Shimab
Amigos , amigos, negócios à parte. Este ditado será levado à risca no jogo entre Corinthians e Atlético-PR nesta quinta-feira, às 20h30, no estádio do Pacaembu, pela Copa João Havelange. É que em campo estarão dois ex-menudos: Muller e Silas, que jogaram juntos e fizeram sucesso conquistando títulos pelo São Paulo e pela seleção brasileira, de 82 a 90.
O atacante corintiano vai logo avisando: "Lógico que sempre vai haver respeito um pelo outro, mas cada um vai defender a sua parte". O clima de guerra também está do outro lado. "Sei das características do Muller e, se tiver de cortar um lance fazendo uma falta sem ser desleal, não vai ter jeito. Vou fazer mesmo", explica o jogador rubro-negro.
Silas sabe o quanto seu adversário é perigoso. Por isso, não pretende dar moleza na marcação. "Não podemos deixá-lo livre, porque senão ele acaba decidindo o jogo", explica o jogador, ressaltando que já levou a melhor quando Muller atuou pelo Cruzeiro, no início da competição. "Ganhamos por 2 a 0", lembra.
O atacante alvinegro promete dar o troco. "O empate em casa é considerado uma derrota. Os três pontos são preciosos amanhã (hoje) para ficarmos um pouco melhor na tabela de classificação". Ele até espera repetir a dose de sucesso que teve contra a Ponte Preta, quando marcou o gol da vitória por 1 a 0. "Espero que possamos repetir aquela atuação e fazer mais gols".
Muller acredita que o adversário jogará mais na retranca. "O Atlético-PR não virá para cima, porque sabe das características do Corinthians, que tem um contra-ataque veloz".
Ele espera que a equipe mantenha a mesma paciência em campo. "Não podemos nos precipitar. Agora, os jogadores se movimentam muito e têm a ajuda dos laterais".
Muller também considera que o Corinthians está no caminho certo. "Temos de dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido. A cada partida, melhoraremos o entrosamento e o ritmo de jogo", afirma o atacante do Parque São Jorge.
Muller, que prometeu colocar seus companheiros em condições de marcar, explicou o que aconteceu na última partida, quando, ao contrário do que disse, recebeu o passe para fazer o gol. "Vai depender muito da posição dos jogadores. Naquele momento o Fernando Baiano é que estava na linha de fundo. O importante é que o time todo está cooperando", analisa o atacante.
Ficha técnica
CORINTHIANS
Maurício; Rogério, João Carlos, Fábio Luciano e Kléber;
Djair,
Pereira,
Ricardinho e Marcelinho Carioca;
Muller e Fernando
Baiano.
Técnico: Vadão.
ATLÉTICO-PR
Flávio; Luisinho Neto, Émerson, Reginaldo e Fabiano;
Goiano, Marcos
Vinícius, Silas, Kleberson e Kelly;
Kléber.
Técnico: Carlos
Riva (interino).
Local: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu),
em São Paulo.
Data: 28/9/2000.
Horário: 20h30.
Árbitro: Antônio Pereira das Silva (GO).
Assistentes: Filomeno Dourado dos Santos e Flávio Gilberto
Kanitz, ambos de
Goiás.