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Super-homem no comando do Timão
Fonte: Gazeta Esportiva

Glaucia Noguera

Se o Corinthians tivesse, dentro de campo, o mesmo entrosamento que tem fora dele certamente os resultados do time estariam sendo diferentes. Os jogadores e a diretoria são unânimes: o treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão, não tem culpa pelas derrotas do time e deve ser mantido no cargo, para dar continuidade no trabalho que iniciou recentemente.

Nesta quinta-feira, na reapresentação dos jogadores, depois da terceira derrota consecutiva em uma semana, Vadão estava tranqüilo, respaldado pelas palavras do diretor de futebol, Carlos Nujud.

O dirigente disse que não foi necessária uma conversa para reafirmar a permanência do treinador no clube, após a derrota de quarta-feira, contra o Santos. "Temos a plena consciência de que isso não passa de uma fase ruim. Além disso, o técnico ainda não conseguiu reunir condições favoráveis para realizar trabalho de resultado desde que chegou ao Corinthians", disse referindo-se ao grande número de contusões e transações inesperadas.

"Muitas coisas que aconteceram depois da chegada dele não eram previstas. A saída do Edílson não estava nos planos e a de Vampeta também não. As contusões de Marcelinho e de Edu também prejudicaram", lembrou Nujud.

Mas se a torcida não pega no pé de Vadão, o próprio Nujud sabe muito bem o que é enfrentar a furia da Fiel, que tem hostilizado o dirigente a cada resultado negativo do time do Parque São Jorge.

Além de Nujud, os jogadores também adotaram o discurso solidário ao técnico. "Lógico que todos têm a sua parcela de culpa, mas o Vadão precisa ser preservado de críticas. Ele não pode fazer nada", disse o meia Ricardinho, um dos remanescentes da campanha que deu ao Corinthians o título de Campeão do Mundo, em Janeiro.

Ewerthon concorda. Para o atacante o trabalho do treinador está sendo prejudicado pela falta de peças no momento da escalação. "Já houve jogo que o Corinthians ficou com apenas quatro jogadores como opção para o segundo tempo". Vadão, que hoje reune todos os quesitos para ser tachado como o vilão da história, virou a mesa. O treinador está sendo visto pelos jogadores como a principal vítima da situação. "Ele fez a parte dele. Pediu a contratação de jogadores, mas eles não vieram. Isso dificulta muito o trabalho", completou Ewerthon.