Vampeta e Edílson só admitem voltar para o Corinthians se os torcedores pedirem desculpas pela tentativa de agressão aos jogadores do time, ocorrida na semana passada. Foi o que os dois disseram, rompendo o silêncio sobre o assunto, nesta terça-feira, em Salvador, onde esperam uma solução para o caso.
"Foi uma manifestação injusta que doeu em mim, principalmente, por tratar-se de Edílson, um irmão, um conterrâneo", explicou Vampeta. "Enquanto não houver um pedido de desculpas, estou desempregado", ironizou o volante corintiano.
Segundo Vampeta, ele e Edílson só retornam para São Paulo depois que os torcedores forem ao clube e pediram desculpas ao elenco. "É um grupo vencedor e não pode acontecer essas coisas", disse, argumentando que derrotas ocorrem em outros clubes sem que ocorram agressões. "Nem quando o Corinthians passou 16 anos na fila para ganhar o Campeonato Paulista houve esse tipo de manifestação", declarou o jogador, explicando que sua posição tem o apoio de todo o elenco corintiano.
Mais contido, Edílson disse que a agressão o "machucou bastante". Ele contou que vai resolver seu futuro nos próximos dias e admitiu estar estudando propostas de outros clubes para sair do Corinthians. Quando indagado para qual clube pretende se transferir, ele desconversou. "Não sei, tomara que seja da Bahia", brincou.
Edílson parece cada vez com mais vontade de retornar a Salvador. Recentemente, ele investiu na criação de uma produtora de CDs na capital baiana.
Biaggio Talento