O técnico Vadão tem muito trabalho pela frente. Em sua terceira partida à frente do Corinthians, o treinador ainda luta para dar um mínimo de organização tática à equipe. Sob seu comando, o Timão disputou três partidas, perdeu duas, empatou uma, marcou três gols e sofreu oito.
O resultado de ontem dá ao Goiás a vantagem nos confrontos diretos entre as equipes em campeonatos brasileiros. Em 22 partidas disputadas, são sete vitórias do Goiás e seis do Corinthians.
Apesar de haver seis volantes em campo, as duas equipes souberam encontrar espaços e a partida foi bastante movimentada desde os primeiros minutos.
O jogo começou com o Goiás mostrando um maior volume de jogo. Nos 10 primeiros minutos, todas as ações ofensivas foram do time verde. Depois, o Corinthians cresceu deixando a partida equilibrada. Pelo Goiás, a principal rota de ataque era o lado esquerdo, com Araújo. O Timão preferiu a ala direita, com Marcelinho e Índio puxando a maioria das jogadas.
Já no final do primeiro tempo, Fernandão deu um belo passe para Dill, que surgiu por trás dos zagueiros, bateu cruzado e abriu o marcador. Maurício ainda desviou a bola, que entrou vagarosamente no gol.
O Timão voltou para a segunda etapa um tanto desorganizado. Os zagueiros Adílson e Fábio Luciano avançavam constantemente deixando espaços atrás. Em um lance, Marcelinho era o último jogador, exercendo marcação individual sobre Araújo.
Rodrigo Pontes estava perdido; nem marcava direito, nem ajudava no ataque. Luizão e Ewerthon não se entendiam muito bem – como era de se esperar já que faziam a primeira partida juntos. A opção corintiana passou a ser a troca de passes entre Vampeta, Marcelinho e Luizão.
E o Goiás, que manteve uma base muito parecida com a do primeiro semestre – o técnico Hélio dos Anjos está lá há dois anos – administrava bem as fraquezas do Corinthians.
Aos 17 minutos, o time goiano teve duas chances claras para aumentar o placar. Ambas com Dill. Ambas fruto da desatenção da defesa corintiana.
Pouco mais de cinco minutos depois, outra bobeada de Adílson. Ele deu muito espaço para Dill, que recebera a bola de Araújo, tocar no canto direito de Maurício: 2 a 0.
A torcida gritava "olé" a cada passe do Goiás e o Corinthians afundava nas suas próprias fraquezas.
Em um ataque rápido, Dill, sempre ele, deu um drible desconcertante em Fábio Luciano e tocou no canto direito de Maurício: 3 a 0. O zagueiro do Corinthians e da Seleção Brasileira ainda encontrou algum motivo para reclamar.