Ele chegou no Parque São Jorge aos 11 anos de idade. Simultaneamente, treinava futebol de salão e de campo e, aos poucos, foi ganhando espaço graças à sua liderança nas equipes. Hoje, ainda sem acreditar muito, Rodrigo Pontes vive o sonho de começar uma partida como titular do Corinthians em pleno Parque dos Príncipes, estádio onde o Timão disputa, na próxima quarta-feira, um amistoso com o Paris Saint-Germain, na capital francesa.
– Essa oportunidade nunca esteve tão próxima de mim. Achei que chegaria um dia, mas não tão rápido assim. O problema é que ela nunca avisa quando vem – surpreende-se.
Qualquer semelhança com a carreira de um outro volante, que também começou nas categorias de base do Corinthians e se transformou num ídolo para a torcida não é mera coincidência.
– Desde o meu início no clube, todos falam que estou seguindo os passos do Zé Elias. Dirigentes, treinadores e funcionários do Corinthians sempre me disseram isso.
Para Rodrigo, mais que uma simples comparação, ser o sucessor de Zé Elias seria uma honra.
– Admiro vários volantes, como o Dunga, por exemplo. Mas não dá para esconder que meu ídolo é o Zé.
Mas ele só virou volante depois de muita insistência. No início, jogava como meia e, quando o Timão foi disputar um torneio pelo interior, acabou transformado em atacante. Rapidamente, percebeu que aquela não era a sua praia.
– Ia morrer de fome, pois não fazia gol de jeito nenhum – lembra.
Além da sua trajetória ser parecida com a de Zé Elias, Rodrigo encontra outros pontos comuns.
– Tenho garra, determinação e espírito de liderança.
Apesar da pouca idade - 19 anos –, Rodrigo já orienta os garotos das categorias menores do Corinthians.
– O Ricardinho, o Dinei e o Adílson sempre me dão orientações para melhorar. Faço o mesmo com os mais novos – explica.
Aproveitando as vagas abertas no meio-campo, ele terá oportunidade de se apresentar para a torcida e provar que pode ocupar o lugar que já foi de Zé Elias, o Zé da Fiel.