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Pânico no Parque
Fonte: Lancenet

Fabio Freitas

Medo é a melhor palavra para definir a atual situação do Corinthians. Alternado bons e maus momentos, a equipe do Parque São Jorge não está conseguindo agradar sua torcida, e vem sendo alvo da ira de alguns torcedores. "É difícil você achar um motivo para as derrotas. Os torcedores têm que entender que nós, jogadores, estamos dando o que temos de melhor dentro de campo. Invadir o gramado e atrapalhar nosso trabalho não vai adiantar nada. Só nos deixa mais preocupados com outras coisas. Como posso ter certeza que um maluco desses não tem uma faca na mão? É complicado" disse.

O atacante Ewerthon, autor do primeiro gol do Timão na última partida, entende que o torcedor tem o direito de cobrar da equipe, mas de uma maneira diferente.

"A torcida tem que falar com o jogador fora de campo. Ir gritar na saída do vestiário, no ônibus, colocar as bandeiras de cabeça para baixo, ou qualquer outra maneira. O que não pode acontecer é invadir o campo. Nós ficamos muito mais nervosos e o futebol acaba não rendendo o esperado" desabafou Ewerthon.

O técnico Wanderley Luxemburgo, assim como seus jogadores, condenou a atitude dos torcedores. O treinador que chegou ao Corinthians há pouco mais de um mês sentiu pela primeira vez a revolta do torcedor corintiano.

"Temos que tomar uma atitude, isso não pode continuar acontecendo. O jogador agora tem que ter uma nova preocupação. Além de pensar na partida e no adversário, tem que tomar cuidado com os torcedores que pulam o alambrado" disse o treinador, com medo.

Inconformado com a invasão, Wanderley Luxemburgo sugeriu aos dirigentes do futebol brasileiro uma maneira de tentar coibir este tipo de violência contra os atletas.

"É fácil você acabar com isso. Basta apenas começar a punir a equipe do torcedor que invadiu. Assim eles irão pensar duas vezes antes de pular o alambrado" afirmou.

Ontem, alguns torcedores acompanharam o treino, e não houve nenhum tumulto.